Viajar é sempre algo que vejo de forma muito agradável. Viajar no natal é, sem dúvida alguma, a cereja no topo do bolo.
Visitei Munique em apenas três dias, para conhecer e disfrutar das tradições do país que “inventou” o espirito de natal.
München (Munique) é a capital do estado alemão da Baviera, na Alemanha, localizada a cerca de 50 km dos Alpes. Berço do movimento nazi, foi completamente destruída nos bombardeiros da Segunda Guerra Mundial. A imponente beleza arquitectónica conseguida com a sua reconstrução, reflecte na perfeição a simbiose entre o romantismo e a austeridade, as tradições e a modernidade.
Munique é uma cidade surpreendente e revela-se mágica na época natalícia.
Como viajar para Munique:
Se viaja de Portugal, a forma mais económica de chegar à cidade, é através do aeroporto de Memmingen (Memmingen Allgäu), desde Faro ou do Porto, com a companhia aérea Ryanair.
Os transferes do aeroporto para Munique estão sincronizados com os voos das companhias aéreas. O transfer para Munique também pode ser reservado através da Ryanair. É muito fácil e económico.
O aeroporto é muito pequeno. Quando sai do areoporto os autocarros estão situados à sua direita, junto à entrada.
Cerca de 115 km separam Memmingen da cidade de Munique e, dependendo do trafego, a viagem de autocarro tem uma duração de aproximadamente 80 minutos.
O serviço de transfer da companhia Ryanair termina na Estação Central de Munique ou seja, em München Hauptbahnhof.
Confesso que a simpatia e disponibilidade da equipa do transfer não foram o melhor cartão-de-visita…
A Estação Central de Munique (Hauptbahnhof Munich) é enorme. Tem vários pisos com inúmeras lojas, restaurantes e até supermercados. (Sugiro o restaurante italiano L’Osteria, situado no interior da estação. A comida é muito saborosa, as pizzas são enormes e os preços muito acessíveis).
Pode dispor ainda dos serviços de Postos de informações turísticas, Atendimento ao cliente, Perdidos e Achados, Salas de espera, Bancos e câmbio de moeda, WC, Depósito de bagagens, Internet Wi-Fi, Multibanco e Cabines telefónicas.
Esta estação tem plataformas para comboios regionais e internacionais (S.Bahn) e metro (U-Bahn). No exterior existem inúmeras paragens de autocarros e pontos de táxis. É uma estação muito movimentada, organizada (como só os alemães sabem) e limpa.
Quando pretender adquirir bilhetes para as suas “expedições” não se esqueça que a Alemanha promove bilhetes de grupo muito vantajosos, de 2 a 5 adultos, (sendo que cada duas crianças de 6 a 14 anos contam como um adulto). Aproveite a oportunidade.
Importa referir que os bilhetes têm de ser validados antes de utilizar (caixas azuis). Se for apanhado sem bilhete, ou com o bilhete por validar, arrisca-se a pagar uma coima. A aquisição dos bilhetes em máquinas garante-lhe preços mais acessíveis do que num posto de atendimento.
Onde ficar hospedada(o):
A localização da Estação Central de Munique é de excelente proximidade aos principais bairros, hotéis e pontos turísticos da cidade, o que nos facilita bastante a vida.
Após uma pesquisa através do Booking optámos por ficar próximo do centro e a zona de Hauptbanhof (estação central) foi a nossa escolha.
Este bairro, designado de Ludwigsvorstadt, tem uma grande representatividade da comunidade turca. É uma zona segura, sempre movimentada. Mesmo durante a noite as ruas nunca ficam desertas. Tem muito comércio: farmácias, restaurantes, lojas, etc.
Se preferir optar por outras paragens, não se preocupe…Munique tem uma rede de transportes excelente.
O que visitar:
Mercados de Natal, Mercados de Natal e…Mercados de Natal
Com o início do Advento, Munique entra em modo natalício e transforma-se num postal de natal em 4-D.
É deliciosamente surpreendente, como Munique pode ser tão fria e aconchegante simultaneamente. É um prazer para os sentidos visitar os seus encantadores mercados de natal, também denominados Christkindlmarkt e Weihnachtsmarkt.
E acredite…Munique preparou-se para nos receber, nem a neve faltou no cenário. O Natal deveria ser sempre assim.
Marienplatz, a praça principal da cidade, marcou o início da nossa expedição. Rapidamente nos vimos rodeados por magnificos e encantadores monumentos, entre os quais a belíssima Catedral Frauenkirche; a Rathaus, (Câmara da Cidade, construída em estilo gótico) com o seu Glockenspiel, o famoso carrilhão de Munique e a Weihnachtsbaum, maior Árvore de Natal da cidade.
O carrilhão toca diariamente, atraindo e hipnotizando uma multidão de turistas, com os seus 43 sinos e 32 figuras encenando cenas tradicionais da história, ao som da música folclórica bavariana. Este carrilhão é o maior do país e o quarto maior da Europa. A praça pára para o reverenciar.
E a neve começou a cair…envolvendo-nos na atmosfera mágica dos contos de natal.
Na Alemanha, os mercados de Natal são um dos eventos mais importantes da temporada natalícia (Weihnachtzeit). As cores, as luzes cintilantes, os sons festivos de corais e bandas, o cheiro dos pinheiros, dos fritos, da canela, das amêndoas caramelizadas … fazem-nos esquecer o vento gelado e cortante desta época do ano.
Nas inúmeras barracas de madeira, cuidadosamente decoradas, vendem-se pinheiros naturais, peças delicadamente talhadas em madeira, presépios e outras tantas decorações de natal; inúmeras salsichas, crepes, palitinhos de fruta com chocolate, castanhas, amêndoas e nozes caramelizadas, biscoitos de Natal de todas as formas, cores e sabores, entre outros… há tentações para todos os gostos! Escolha os seus presentes de natal e esqueça a dieta. Não vai conseguir resistir. Afinal de contas, não é todos os dias que visitamos Munique.
Actualmente, a cidade tem mais de quinze Mercados de Natal. Marienplatz possui o mais antigo e importante.
As barracas competem pelo protagonismo nas decorações. Muitas poderiam figurar nos contos dos irmãos Grimm ou de Christian Andersen.
Estes mercados são o triunfo da tradição nos seus melhores dias.
Das nossas experiências gustativas, destacamos os Lebkuche, (tipo bolo de mel) em formato coração, decorados com desenhos e mensagens de glacê de açúcar; o Stollen ou Christstollen, como é chamado este bolo de natal alemão pelo seu formato comprido e achatado (que representa Jesus embrulhado num manto); o fantástico egnogg aquecido com natas (confesso que esqueci o nome do cocktail…), o Punsch (ponche) e o célebre Glühwein, vinho aquecido com especiarias como cravo ou anis-estrelado e cascas de limão.
Cada barraca personaliza a caneca onde é servido o Glühwein . Na compra, paga a bebida e um depósito pela caneca, do qual poderá pedir o reembolso ou não…se pretender a caneca como souvenir.
No percurso, é impossível não reparar na montra da Galeria Kaufhof na Marienplatz que faz o deleite das crianças (e adultos) que por ali passam, com uma montra de brinquedos de peluche em movimento num cenário tipicamente natalício.
A noite chega demasiado cedo e com ela o aconchego da iluminação de Natal.
No percurso entre Marienplatz e Karlsplatz deixe-se levar pelos cânticos de Natal e encontre-se em Neuhauser Straße, a igreja jesuíta de S. Miguel, a maior do tipo renascentista ao norte dos Alpes.
A estátua de bronze (de Hubert Gerhard), simboliza a luta pela fé do Arcanjo e a morte do mal, observa silenciosamente os visitantes no centro das entradas principais.
Eiszauber, na Karlsplatz
Muito próximo, em Karlsplatz, entramos noutro mercado de natal com uma pista de patinação no gelo (construída sob o chafariz) e algumas barracas de venda de petiscos típicos e bebidas, nomeadamente as deliciosas sandes de linguiça/salsicha ou carne de porco.
Se, como eu (e com grande desgosto), não se consegue equilibrar em cima de uns patins, faça uma pausa na cervejaria, observando a diversão na pista e disfrutando de uma típica Weisswurst (salsicha branca) e uma boa cerveja weissbier. Garanto-lhe que a única dificuldade ai estar centrada na escolha do tipo e tempero da salsicha da sua sandes.
Se ainda sente alguma fome, após caminhar horas a fio pelos mercados de natal de Munique, siga até ao Viktualienmarkt (tradicional Mercado dos Vitualhas), onde poderá degustar, numa praça repleta de quiosques, produtos realmente frescos e de qualidade e os melhores petiscos da região. Aproveite a oportunidade e relaxe num dos Biergartens (Jardim da Cerveja) mais centrais da Cidade.
Se lhe sobrar algum tempo, pode ainda embarcar no comboio de natal ChristkindlTram, numa visita de cerca de 25 minutos pela cidade, usufruindo do mercado de doces a bordo. O embarque é na estação de metro Sendlinger Tor.
Castelos da Baviera
Era uma vez… os belos castelos de Neuschwanstein & Linderhof.
Visitar Neuschwanstein, era um dos meus objectivos nesta viagem. Esta viagem não faria sentido sem conhecer o castelo que, segundo dizem, inspirou o Walt Disney na criação do famoso Castelo da Cinderela.
Compramos um tour, num dos pontos turísticos da estação central no dia anterior e apanhamos o autocarro na parte exterior da mesma. Foi a opção mais confortável para nós. O tour dura cerca de 11 horas e contempla a visita aos Castelos Neuschwanstein e Linderhof que ficam nas encantadoras regiões de Füssen e Ettal, e o povoado de Oberammergau.
No momento, só tem de confirmar qual o autocarro em que deve entrar porque os turistas são selecionados pelo idioma que o guia utilizará. Optámos pelo inglês. Durante o tour, inclusive ao longo do percurso, tem a opção de áudio guia em português.
Castelo de Neuschwanstein
A subida para o castelo pode ser realizada de duas formas: de charrete ou a pé.
A primeira opção é para mim desumana, a subida é muito íngreme, o piso muito escorregadio (sobretudo quando neva), as carruagens vão muito carregadas e os pobres cavalos estão exaustos.
Tenha atenção que nem sempre esta opção é a mais rápida, dependendo do afluxo dos turistas e tendo em conta o tempo para a subida e o período de descanso dos cavalos.
Para a segunda opção…certifique-se que está em forma, porque a subida para o castelo é realizada numa caminhada de 20 a 30 minutos em piso escorregadio em alguns períodos do ano.
Se optar por almoçar no Schloss restaurant Neuschwanstein, junto ao castelo tem de gerir bem o tempo. Pode aproveitar para repor energias e a comida é excelente.
Recomendo o Schweinshaxe, um prato típicamente alemão ( joelho de porco).
Não pode deixar de provar os Quarkbällchen (Bolinhas fritas com queijo Quark). Quentinhos, acabadinhos de fritar, vendem-se na saída do restaurante e são deliciosos…
Há tours guiadas ao interior do castelo em inglês e alemão com uma duração de cerca de 35 minutos. Ao comprar os ingressos, escolhe o horário e a língua do áudio guia. Atenção, os tours são numerados e se perder a hora agendada, não é reembolsado nem pode trocar o bilhete.
A exposição climatérica de invernos demasiado rigorosos, exigem obras de restauro constantes nas fachadas do castelo. Durante a nossa visita a entrada principal estava coberta por andaimes.
O Castelo de Neuschwanstein (novo cisne de pedra), assim denominado devido à paixão do rei Luís II (Ludwig II) por cisnes, situa-se acima da vila de Hohenschwangau, a 5 km de cidade Fussen e a 120 km de Munique, no sudoeste da Baviera. A Áustria fica apenas a escassas dezenas de quilômetros. O castelo de Neuschwanstein ergue-se no sopé de uma montanha, junto ao lago Alpsee e ao lado da“garganta Pollat”, atravessada pela ponte Marienbrück de onde se pode desfrutar de uma vista fantástica do vale e do castelo.
A viagem vale cada quilómetro percorrido e cada euro pago!
Ludwig II da Baviera, conhecido como Luís, o Louco, durante o século XIX, mandou construir este castelo inspirando-se na obra de Richard Wagner. Se fosse terminado teria mais de 400 salas. Após ter sido declarado insano e exilado pelo seu irmão nas proximidades do lago Starnberg, o mistério permanece sobre a morte do rei, que foi encontrado afogado em junho de 1886.
Actualmente, só é possível visitar 19 salas do castelo. Todas as salas obedecem a um tema, desde religiosos até momentos da nobreza e lendas medievais. Pode contemplar ainda uma gruta artificial, com luzes coloridas e uma pequena cascata, e uma vista deslumbrante sobre o vale, das janelas do castelo.
Neuschwanstein foi construído com a tecnologia mais avançada da época, quem iria imaginar que dispõe de piso aquecido, água corrente, autoclismos na casa de banho, elevador de mesa e uma espécie de ligação telefónica entre os pisos do castelo? Ludwig II não era um louco, era um visionário incompreendido. Ouvir a história da sua vida, da sua personalidade excêntrica, dos seus sonhos, deixa-nos a vontade de o ter conhecido.
Pena que não possamos fotografar o interior do castelo.
Na vila de Hohenschwangau localiza-se também o Castelo Hohenschwangau, construído pelo pai de Ludwig II, o Rei Maximiliano II.
O seu primogénito LudeigII, rei da Baviera, ainda residiu neste castelo com sua mãe antes de construir o castelo de Neuschwanstein.
Somos surpreendidos pelos mais delicados detalhes na caminhada de regresso. Repare no detalhe desta caixa de correio.
O entardecer determina o fim da visita. É magnifica a conjunção do Castelo como cenário, as iluminações natalícias e o cheiro a pinheiro e a fritos.
Castelo Linderhof
A visita ao castelo Linderhof tem necessariamente de ser feita com um guia (em inglês ou alemão) e com hora marcada. Cada visita tem capacidade para 40 pessoas e tem uma duração de cerca de 40 minutos.
Ao chegar ao local, adquira o bilhete e dirija-se ao Castelo. Aguarde na fila até o guia chamar o seu grupo.
O percurso até ao Palácio é magnífico.
Algumas peças de andaimes encostadas na lateral do castelo sugeriam obras de restauro recentemente terminadas.
O charmoso Castelo Linderhof dista cerca de 100 km de Munique, e localiza-se na cidade de Ettal. Uma obra de Rei Ludwig II, inspirada no Palácio de Versalhes, resultante de um período de construção e reconstrução entre 1869 e 1885. A simplicidade da sua fachada exterior esconde o esplendor e requinte do interior. É sem dúvida um dos castelos mais bonitos que visitei.
Infelizmente, é proibido tirar fotografias ou filmar durante todo o tour.
Em 1874, a construção de um parque foi iniciada, dando um charme ainda maior à propriedade.
Linderhof Park
A área do Parque Linderhof é enorme, verdejante, os seus jardins são coloridos na primavera e verão e são embelezados por inúmeras estátuas. Uma fonte de 25 metros de altura ocupa a área em frente ao Salão dos Espelhos, na zona sul do palácio. Os jardins continuam no lado sul sob a forma de três terraços, coroados com um templo redondo no estilo romântico. Destaques para: Fonte de Netuno, Templo de Vênus, Capela de St Anna, Gruta de Vênus, entre outros.
A visita ao interior dos dois castelos transporta-nos para o esplendor de uma outra época, mas a visão destes monumentos no cenário envolvente é verdadeiramente magnifica.
Oberammergau
A longa tradição de escultura em madeira caracteriza esta vila, conhecida pela Escola de Talha da Baviera que alberga.
Oberammergau é também famosa pelos seus “Lüftlmalerei “, ou seja desenhos de temas tradicionais bávaros, contos de fadas, cenas religiosas ou “trompe l’oeil” (técnica artística com truques de perspectiva).
É muito agradável passear pelas ruas desta vila pitoresca, observando as decorações natalícias, visitando as lojas de artesanato e tendo a natureza envolvente como cenário.
As ruas do centro de Oberammergau têm dezenas de lojas de escultores de madeira. O destaque vai para o“Nussknacker“ (bonecos de quebra-nozes), o famoso “Kuckucksuhr“ (relógio de cuco).
A origem do Lüftlmalerei na Alta Baviera pode estar relacionada com uma casa de Oberammergau, chamada Zum Lüftl , que pertenceu ao pintor de fachadas Franz Seraph Zwinck (1748 – 1792).
A nostalgia do regresso…
Campo de Concentração de Dachau
Visitámos ainda o Campo de Concentração de Dachau, localizado a 20 km a noroeste de Munique. É muito fácil viajar até lá.
Comprámos o bilhete “single all day ticket München XXL” para um dia, com direito à viagem de comboio e autocarro em Dachau.
Após validar o bilhete, embarcámos no comboio regional (S-bahn), linha S2 (sentido Dachau/Petershausen) com destino Dachau Bahnhof (Dachau Bf). A viagem demora cerca de 25 minutos.
Ao sair da estação de Dachau encontra facilmente a paragem do autocarro. É muito próximo, não há como enganar. Mas, se tal acontecer, não se preocupe…é só seguir o grupo.
Pode apanhar os autocarros 722, 724 ou 726 (sentido Saubachsiedlung), até ao Campo de Concentração, denominado de KZ- Gedenkstätte.
O autocarro pára mesmo em frente ao Campo. Alguns metros à sua esquerda localiza-se a recepção, uma lojinha de souvenirs/cafeteria e WC.
Como tínhamos muita informação sobre este campo, optámos por realizar a visita por conta própria, com recurso a um mapa das instalações e um audio-guia(em português), que pode alugar na recepção.
Cerca de cinco minutos depois estávamos junto ao temível portão que ditava o fim de muitos dos que o atravessavam.
A inscrição “Arbeit Macht Frei” (O trabalho liberta), deixa-nos um alerta para algo que não pode voltar a acontecer, nunca mais.
KZ- Gedenkstätte foi o primeiro campo de concentração oficial, construído em 1933 na cidade de Dachau. Foi utilizado como modelo para os restantes campos e finalmente encerrado em 1945.
Inicialmente destinado a prisioneiros políticos, rapidamente recebeu judeus, ciganos, homossexuais e testemunhas de Jeová.
A nossa visita ocorreu num dia frio e cinzento, como se a própria natureza teimasse em testemunhar a maldade que em tempos ali se instalou. Ao longo da visita o ambiente era silencioso e pesado, como se um sentimento de dor nos invadisse e nem a neve, que teimava em cair, nos animava, lembrando-nos apenas do frio que muitos dos que ali permaneceram deveriam sentir noutros tempos.
Vou mostrar-vos apenas o Memorial – Nunca mais.
E o Memorial à Marcha da Morte.
Confesso que tive alguma relutância em visitar este local, mas é uma parte da história que devemos conhecer: por respeito a todos os que ali foram aprisionados, e como forma de não esquecer o que jamais deverá ser repetido.
Uma manhã é suficiente para conhecer o campo. Se quiser pode passear por Dachau ou aproveitar o bilhete e disfrutar da cidade de Munique, como nós decidimos fazer.
Munique é sem duvida uma cidade encantadora, uma cidade para ser vivida, sobretudo em plena época natalícia.
Conseguimos, em apenas três dias, atingir os objetivos a que nos propusemos de forma bastante relaxada, disfrutando o momento e o espirito da cidade.
A Alemanha, contrariamente ao que pensava, é um pais que despertou a minha curiosidade e ao qual pretendo regressar.
A neve caiu impiedosamente no dia de regresso a Portugal. O aeroporto de Memmingen esteve encerrado temporariamente devido às condições climatéricas.
Numa das últimas viagens que fiz, daquelas em que tudo parece correr de forma contrária, adquiri uma resistência a atrasos nos voos e outras peripécias menos agradáveis que só acontecem aos viajantes.
Aquela experiência menos boa ensinou-me a ser mais paciente nestes contratempos pelo que, enquanto aguardávamos no aeroporto a melhoria do tempo, tive oportunidade de provar uma das melhores Apfelstrudel (Tarte de Maçã) da minha vida, na única cafetaria do aeroporto e o popular Leberkäse (uma espécie fiambre assado) que se come habitualmente com pão. Recomendo…se for em cima do horário do voo torça para que o avião se atrase um pouquinho. Vai valer a pena.
Nesta ocasião fomos afortunados, o tempo melhorou e acabámos por conseguir embarcar apenas com umas horas de atraso.
Alemanha, até um dia!
A filh